Dakar 2024: o ano das decisões até à penúltima etapa

A 46ª edição do Dakar e a 5ª edição na Arábia Saudita, realizou-se entre os dias de 5 a 19 de janeiro e pela primeira vez contou com uma etapa maratona de 48 horas e com a quarta vitória de Sainz

PIC: Carlos Sainz alcançou a sua 4 vitória no Dakar

A 46ª edição do Dakar foi uma das edições mais empolgantes e com suspense alguma vez já realizada. Desde o primeiro dia de Dakar que os primeiros lugares à geral foram oscilando de etapa para etapa.

Na 1º etapa, na categoria Ultimate (antiga categoria T1), o vencedor da etapa foi o piloto Belga Guillaume de Mevius aos comandos de uma Toyota Hilux T1+ da equipa Overdrive. O vencedor da 45ª edição, Nasser Al-Attiyah, ficou em 22ª lugar depois de um início de Dakar fora do normal para esta lenda do todo-o-terreno. Outra lenda, o senhor Dakar, Stéphane Peterhansel, começou o Dakar também com um mau arranque a conquistar apenas o 26ª lugar à geral a perder logo 32 minutos face a Mevius. Carlos Sainz tornava-se o melhor veterano e o melhor Audi, a conquistar o 2º lugar da geral apena a 1 minuto e 44 segundos.

Na 3ª etapa do Dakar, Yazeed Al-Rajhi, aos comandos de uma Toyota Hilux T1+, já estava em 1º lugar da geral com apenas 29 segundos de avanço face a Carlos Sainz aos comandos do Audi. O último lugar do pódio pertencia ao piloto da Audi, Mattias Ekstrom. A primeira desistência de peso foi o piloto Espanhol Pau Navarro aos comandos de um Mini JCW T1+.  

A 6ª etapa do Dakar, a etapa 48 horas, foi a etapa que mais mexeu com a classificação e foi a etapa que colocou mais pilotos fora de competição, incluindo o piloto que ocupava o primeiro lugar da geral, Al-Rajhi. Com a desistência de Al-Rajhi nos primeiros kms da etapa, Sainz aproveitou para garantir o primeiro lugar à geral, Ekstrom subiu para segundo e Sebastian Loeb, piloto da Pro drive aos comandos de um Hunter, subiu ao terceiro lugar da Geral.

Na 9ª etapa do Dakar, os únicos pilotos capazes de tentar conquistar o título de vencedor do Dakar, eram Sainz e Loeb apenas separados por 20 minutos. Em terceiro lugar aparecia o piloto brasileiro Lucas Moraes que no ano passado conquistou o terceiro lugar à geral no Dakar e este ano encontrava-se já a 1 hora e 12 minutos do primeiro Lugar.

Na 10ª etapa do Dakar, Nasser Al-Attiyah, desistiu depois de um Dakar de esquecer para o piloto do Catar. Na 11ª etapa, o Dakar ficava nas mãos de Sainz depois de Loeb ter problemas durante a etapa e perder mais de 1 hora para Sainz e descer para a terceira posição à geral. Mevius aproveitou os problemas de Loeb e de Moraes para subir à segunda posição do pódio. Na última etapa do Dakar, hoje, as posições ficavam iguais à 11ª etapa sem mexidas dentro do Top-10.

No final do Dakar, Mathieu Serradori terminou no décimo lugar ao ser o melhor 4×2, Lucas Moraes terminou no nono Lugar depois dos problemas sentidos na 11ª etapa, Benediktas Vanagas terminou no oitavo lugar, Giniel de Villiers terminou no sétimo lugar, Guy David Botterill terminou no sexto lugar e foi o melhor Rookie, Martin Prokop terminou no quinto lugar ao ser a melhor Ford em prova, Guerlain Chicherit terminou no quarto lugar, Sebastian Loeb terminou no terceiro lugar, Guillaume de Mevius terminou no segundo lugar e o vencedor foi o piloto espanhol e uma das maiores lendas do Dakar, Carlos Sainz. Carlos Sainz trouxe a primeira vitória da Audi depois das tentativas falhadas dos anos anteriores.

A próxima prova do W2RC, é o Abu Dhabi Desert Challenge, que começa dia 25 de fevereiro e acaba dia 2 de março. Portugal em 2024 vai receber uma prova do W2RC, um marco histórico que se vai realizar entre 2 e 7 de Abril com o nome de BP Ultimate Rally-Raid Transibérico.

Triunfo dos Portugueses contra os Golias do W2RC

No passado fim-de-semana, aconteceu a Baja Portalegre 500 onde
estiveram presentes grandes nomes como Nasser Al-Attiyah,
Mattias Ekström e Yazeed Al-Rajhi, mas a vitoria esteve do lado dos
Portugueses.

Artigo e foto por: Miguel Ribeiro

A 37º edição da Baja Portalegre 500 teve provavelmente a melhor entry-list dos
últimos anos e até de sempre. Nesta prova alinharam pilotos de fábrica do
mundial de Rally-Raid como Nasser Al-Attiyah (ex-piloto oficial Toyota e novo
piloto oficial Pro-drive Hunter), Mattias Ekström ( Piloto oficial Audi Sport Dakar),
Yazeed Al-Rajhi (piloto oficial Overdrive) e entre outros pilotos de grande nível
mundial, porem a vitoria sorriu para o lado Português com a exibição de ouro de
João Ferreira aos comandos de um Mini John Cooper Works T1+

A prova começava na sexta-feira de manhã com o prólogo e uma distância de
3,71KM. O vitorioso foi Nasser Al-Attiyah com o tempo de 2:58.8, em segundo
lugar foi o Português Luís Portela Morais com 3:01.1 e o pódio ficava fechado com
Mattias Ekström com um tempo de 3:05.0. Um pódio em que dois dos carros
eram da categoria T3 e onde no Top 10, seis carros eram da categoria T3. De
tarde eram percorridos mais 59,61Km onde havia um primeiro contacto com o
verdadeiro andamento dos pilotos em estrada. Estes Kms foram completamente
dominados pelo piloto Sueco Adam Thomelius aos comandos de um Can-am T3
que deu 7.0 a Mattias Ekström também ele sueco. O podia ficava preenchido
pelo piloto do Qatar Nasser Al-Alttiyah que ficava a 21.5 segundos de Adam
Thomelius.

No ultimo e derradeiro dia, Sábado, o piloto a abrir a estrada era o Sueco Adam
Thomelius para os 180Km de manhã e os encurtados 126Km da parte de tarde.
Os primeiros 180Km foram completamente dominados pelo piloto Português
João Ferreira que acabou com um tempo 2:23:28.8, o segundo lugar foi para o
piloto Saudita Al-Rajhi com o tempo de 2:25:02.4 e o terceiro lugar para João
Dias com 2:26:30.5.

Mencionar que Al-Alttiyah foi penalizado por vinte minutos
ao início, mas mais tarde foram passados para apenas três minutos. Tiago
Reis teve um acidente onde a frente da sua Toyota ficou dobrada e que Francisco
Barreto ficou sem direção assistida e demorou noventa e cinco minutos para
conseguir arranjar de modo a conseguir progredir na prova.

A parte de tarde tinha sido encurtada para 126km devido a problemas meteorológicos. Uns 126km de
uma fabulosa luta entre João Dias e Armindo Araújo que acabava com o triunfo
de Armindo. O mesmo acabou com o tempo 1:36:09.0 com menos 29.0 do que
João Dias que terminou com o tempo de 1:36:38.0. O terceiro lugar era de AlRajhi com o tempo de 1:37:09.7.

Ao final dos dois dias de prova a vitória foi para João Ferreira que acumulou um
total de 4:54:16.3, Al-Rajhi um total de 4:56:37.4 em segundo lugar e João Dias
com um total de 4:56:55.4 em terceiro Lugar. Uma brilhante prova de João
Ferreira que conseguiu a vitória contra o Campeão do mundo e Campeão da
Taça do Mundo (Conquistada em Portugal) Al-Alttiyah mesmo que ele não
tivesse levado a penalização. Prova brilhante também para João Dias que
conquistou a vitória à geral dos T3 contra pilotos do mundial de Rally-Raid e que
levou a melhor sobre o ex-campeão nacional de Rallys Armindo Araújo numa luta
espetacular.

Uma Baja Portalegre que fechou o nacional de Todo-o-Terreno com muitas
polémicas no final da corrida devido a decisões dos stewards de prova. A festa do Todo-o-Terreno acaba com a Prova mítica, as 24 Horas de Fronteira entre os dias 30 de novembro até 3 de dezembro.

Tiago Reis conquista mais um campeonato e torna-se tricampeão

Tiago Reis conquistou este fim-de-semana o seu terceiro
campeonato nacional de todo-o-terreno depois da vitória na
Baja do Oeste na zona de Lisboa


Artigo e Foto: Miguel Ribeiro @16Válvulas

A baja oeste era o palco de muitas decisões que podiam ser decididas durante
o fim-de-semana. Todas as categorias do Cntt da parte da FPAK podiam ter o
seu campeão decidido nesta prova. Na categoria rainha do todo-o-terreno, a
T1, Tiago Reis aproveitou o problema de João Ferreira e um ritmo aquém do
esperado de João Ramos, para assumir a liderança e a vitória na prova e
também a vitoria do próprio campeonato. Na categoria T3, Pedro Carvalho
dominou o primeiro dia com a vitória à geral no Prologo e no primeiro setor
seletivo, mas um problema no início do segundo setor afastou o piloto da
prova. João Dias podia ter decidido tudo já nesta prova, mas uma roda partida
adiou a festa do piloto e aproximou Armindo Araújo que conquistou a vitória na
prova e subiu para a primeira posição do campeonato. João Dias para ser
campeão, tem de vencer obrigatoriamente em Portalegre e bater o colega de
equipa, Armindo Araújo. Em termos do campeonato T4, Rui Farinha apesar de

ter uma vantagem confortável de 50 pontos de vantagem para o segundo
classificado, teria de pontuar nesta prova para em termos matemáticos se
tornar campeão nacional. O mesmo aproveitou e ganhou a prova com mais de
cinco minutos de avanço para o segundo classificado e assim tornou-se
campeão nacional. Na categoria T8, tudo estava em aberto entre o Nuno Tordo
que estava em primeiro lugar do campeonato, Nuno matos que se encontrava
em segundo a apenas seis pontos de diferença, Alexandre Mota a nove pontos
e Michael Braun a dez pontos. Quem aproveitou para trazer para casa a vitória
foi Nuno Matos que subiu ao primeiro lugar do campeonato e Alexandre Mota
ao conquistar um belíssimo terceiro lugar, subiu ao segundo lugar do
campeonato. Um campeonato muito acesso que se decide na última prova, a
Baja de Portalegre. Em termos da categoria mais baixa do Cntt, a T2, o
campeonato estava acesso entre João Lourenço e Luís Caetano que se
encontravam apenas três pontos de diferença. Porem a vitoria foi para a lenda
do todo-o-terreno. Rui Sousa que voltou às vitórias depois de estar ausente em
todas as provas do campeonato, menos na prova inaugural onde também
conquistou a vitória. João Lourenço conquistou o segundo lugar da prova e
Luís caetano o terceiro, o que significa que o campeonato só irá ser decidido
em Portalegre pois a distância que separa os dois pilotos é de apenas seis
pontos.
A próxima e última prova do Cntt irá ser a Baja de Portalegre nos dias de 26 a
28 de outubro. Uma Baja icónica que irá decidir muitos campeonatos e que
certamente irá trazer muito espetáculo a todos os espetadores.

O campeão do Mundo volta às vitórias e aos Rallys dominantes.

Kalle Rovanperä ganhou e dominou por completo o Rally de Portugal. Foi
o piloto que venceu mais especiais , o vencedor do Rally e ainda o vencedor
da Power Stage

Artigo de Miguel Aleixo Ribeiro / 16Válvulas

foto @FIA oficial


Duas vitórias seguidas em Portugal com pontos máximos de Kalle, o também novo líder do campeonato do mundo que aproveitou do despiste de Evans e que aproveitou a não comparência de Ogier para subir ao lugar cimeiro do
Campeonato do Mundo de Pilotos.
No primeiro dia de prova, sexta-feira, o grande vencedor da manhã era Ott Tanak que ganhava 3.0 segundos a Kalle, porem à tarde depois da Super Especial na cidade da Figueira da Voz, Kalle já dominava por 10.8 segundos em relação a Dani Sordo que aparecia logo de seguida e Neuville em terceiro já estava a 26.0 segundos de Kalle. Um dia marcado com a desistência de Katsuta e a grande surpresa de Loubet a vencer a primeira etapa, mas a ter um azar logo depois da primeira passagem por Arganil.
No segundo dia de prova, sábado, na parte da manhã, Kalle tornava-se dominante a ganhar já 52.4 segundos a Sordo. Neuville começou o dia da pior forma a não conseguir tirar o maior proveito possível do seu carro e Lappi aproveitou para subir ao terceiro lugar na geral. Neuville aparecia logo a 0.9 segundos de Lappi e trazia um Rally animado para a parte da tarde, já que Lappi
também só estava a 4.6 segundos de Sordo. No final do dia, depois da SuperEspecial da Lousada, Kalle continuava a dominar e a alargar a diferença para Sordo que agora era já de 57.5 segundos. No terceiro lugar, as coisas estavam animadas pois Neuville voltou a conquistar o lugar que tinha perdido para Lappi na parte da manhã. A diferença de Neuville para Lappi era de apenas 2.3
segundos porem a diferença para Sordo começava a alargar e já estava nos 11.1 segundos.
O terceiro e último dia de prova, domingo, começava animado na luta pelo terceiro lugar e na luta pelo segundo lugar também. Kalle chegava à Power Stage com uma diferença de 47.8 segundos para Sordo, depois de instalar um ritmo controlado para cometer zero erros, já que Kalle era o único Toyota em prova depois da desistência de Evans no sábado e de Katsuta na sexta-feira. Neuville começava o dia com problemas na potência do carro e Lappi aproveitou desse problema para carimbar o terceiro lugar, porem já se encontrava longe demais de Sordo que se encontrava a 30.0 segundos de Lappi. Outro piloto que
começou o dia com problemas, foi Tanak que não tinha o sistema híbrido no carro.
A Power Stage era a parte mais importante do último dia e também a última oportunidade de conquistar pontos já que o Rally estava decidido.

Kalle repetiu o feito do ano passado e conquistou os pontos máximos na Power Stage ao bater o recorde da mesma por 2 segundos de diferença. Tanak aparecia logo em segundo a conquistar uns preciosos quatro pontos importantes para a luta do
Mundial de Pilotos e também de construtores. Lappi aparecia em terceiro lugar e colocava a Hyundai no pódio ao conquistar mais três pontos importantes também. O quarto lugar foi conquistado por Katsuta que mesmo em Super Rally, conseguiu conquistar dois pontos. O quinto lugar e último pontuável, era carimbado por Sordo que ajudava na festa da Hyundai.
Em termos de Campeonato do Mundo, Kalle encontra-se com noventa e oito pontos, em segundo lugar aparece Tanak com oitenta e um pontos e no terceiro lugar Ogier com os mesmos sessenta e nove pontos do Rally da Croácia.
Menção honrosa ao melhor momento do último dia com a fabulosa luta de Solberg e Greensmith até ao último segundo. Luta que só aconteceu depois da penalização de cerca de 1 minuto a Solberg por um peão no final da Especial da Lousada.
O próximo Rally, o Rally da Sardenha, realiza-se nos dias de 1 de junho a 4 de junho.

A vitoria de Evans que teve um sabor agridoce

Depois da terrível fatalidade que assombrou o Rally da Croácia, Evans não pôde celebrar a sua primeira vitoria do ano e a subida ao segundo lugar do campeonato empatado com Ogier.

Evans aproveitou o deslize de Neuville, para carimbar a primeira vitoria do ano
Foto: Gallo Images

Artigo de Miguel Aleixo Ribeiro

A primeira vitoria de Evans não teve o mesmo sabor de uma vitoria normal, depois da enorme fatalidade que tinha acontecido na semana passada, era impossível celebrar qualquer vitoria que fosse.
Logo no Shakedown, começaram os primeiros sinais de saudade e de emoção, quando se ouviram as palavras dos pilotos no final do Shakedown e a linda homenagem da Hyundai. No primeiro dia oficial de prova, parecia que o espírito de Breen estava dentro do carro de Neuville quando o mesmo aproveitava do deslize de Ogier para acabar o primeiro dia com uma vantagem confortável. No segundo dia, as coisas mudaram incrivelmente de rumo. Depois do acidente de Neuville, Evans aproveitou e manteve o primeiro lugar até ao final do Rally.
Neuville regressou no último dia e venceu quase todas as PE e incluindo a Power Stage. Em termos da Power stage, a mesma foi ganha por Neuville, de seguida aparecia Kalle, Ogier, Katsuta e por último Lappi.
Em termos de campeonatos, está tudo ao rubro. Ogier e Evans estão empatados com 69 pontos, de seguida surge Kalle com apenas menos 1 ponto e Tanak está apenas a 4 pontos do primeiro lugar. Nota importante, é que Ogier faltou ao Rally da Suécia e agora irá faltar ao Rally de Portugal. Esta pode ser a oportunidade de Evans, Kalle e Tanak subirem ao primeiro lugar do campeonato. O próximo Rally irá ser o Rally de Portugal a disputar nos dias 11 a 14 de maio.

Craig Breen: O Irlandês voador que voou alto demais. Na memória de todos os amantes de Rally fica um piloto que irá deixar saudades pela agressividade e pela loucura na condução


Artigo de Miguel Aleixo Ribeiro

Foto: António Ribeiro/16Válvulas

Craig Breen morreu hoje, aos 33 anos de idade vítima de um acidente nos testes para o Rally da Croácia.
Craig Breen nunca foi um piloto de outro mundo, nunca foi falado pelo talento
sobrenatural que por exemplo o Kalle Rovanperä possui, mas havia algo no
Craig Breen que a mim me deixava fascinado. Sou novo, não tenho muitos
anos de Rallys, mas o que o meu pai me fala da era antiga dos Rallys eu
conseguia ver nele. O meu pai sempre me falou que antigamente é que era.
Falava-me dos Grupo B e da agressividade com que os mesmos conduziam e
das velocidades e motores que possuíam. Atualmente temos um carro do
Grupo B, mas mais segurança, mais tecnologia e uma escola diferente de
pilotos. Eu vi, com os meus próprios olhos o que o Craig Breen conduzia e
posso dizer que me chegava a arrepiar. Não era piloto de vencer nem piloto
campeão, mas era piloto de espetáculo, de entretenimento, de diversão e
acima de tudo um piloto que alegrava as pessoas quando passava. Era um
piloto que fazia pessoas fazerem mais de 200 km só para o verem como
aconteceu no Algarve e como aconteceu em Fafe.

No WRC nunca ganhou um Rally, mas venceu 30 especiais. No WRC2 só
disputou 7 Rallys. No ERC disputou 35 Rallys e ganhou 5 deles. Foi campeão
do mundo júnior em 2011 e logo no ano a seguir venceu o campeonato do
mundo de S2000. No CNR, disputou apenas 2 Rallys, onde ganhou 1 e no
outro despistou-se. Piloto de fábrica para equipas como Hyundai, M-SPORT,
Citroen e agora em Portugal, ocupava um lugar na equipa de fábrica da
Hyundai.
Craig, obrigado pelos momentos, obrigado pelos sorrisos que me deste,
obrigado pelas conversas que me deste com o meu Pai depois do Rally no
Algarve e obrigado por conduzires o que conduzias. O CNR e o WRC estão de
luto, conduz rápido aí em cima.
A equipa do 16 Válvulas dá as sentidas condolências à família e à equipa da
Hyundai. Descansa em paz Craig.

Um desastre chamado Rally Casinos Do Algarve e os acidentes que assombram o Campeonato Nacional de Rallys

Artigo de opinião de Miguel Aleixo Ribeiro

No passado fim-de-semana, na região do Algarve, realizou-se a
segunda prova do CNR que foi assombrada por 2 acidentes
grandes e duas especiais canceladas.


O rally Casinos Do Algarve prometia ser um dos melhores rallys da temporada e
acabou por ser um desastre que nem nos piores pesadelos podia ser pensado.
O primeiro acidente foi o de Craig Breen logo na primeira PE, quase no final do
troço. As palavras de Craig Breen foram as seguintes: “Engine stalled on braking
and unable to restart the engine” (Motor parou na travagem e incapaz de meter
o motor a trabalhar). O acidente, gravado inclusive em primeiro mão pelo 16
Válvulas, foi numa flat zone seguido de uma travagem brusca e por sorte do
piloto e de espetadores, acabou sem feridos e sem nenhuma fatalidade.
Bernardo Sousa, por outro lado, teve um acidente mais grave onde o mesmo e
a sua navegadora foram transportados de urgência para o Hospital de Faro.
Bernardo Sousa despistou-se contra um barranco e segundo o mesmo a força
do impacto resultante da velocidade a que ia foi muito elevado. Também este
acidente aconteceu na primeira PE. Com estes dois acidentes e com mais o
gravíssimo acidente de Armindo Araújo, o CNR parece estar assombrado e
acima de tudo, a tirar vários pilotos da possível luta ao título.
Em relação às PE 8 e PE 9, as mesmas foram canceladas devido ao atraso
motivado pelos acidentes na primeira PE. A razão do cancelamento destas PE
foi um receio dos últimos pilotos, terminarem o Rally durante a noite.
Em termos desportivos, Ricardo Teodósio ganhou o Rally, seguido de Miguel
Correia em segundo lugar e de Pedro Meireles em terceiro lugar. As contas do
campeonato estão acesas com o primeiro lugar a ser ocupado por Miguel Correia
e logo de seguida, apenas a um ponto, Ricardo Teodósio. Em terceiro Lugar
aparece José Pedro Fontes.
O próximo Rally , é o Rally Terras D’Aboboreira que se irá disputar nos dias 28 e
29 de abril.

Carnaval vitorioso para João Ramos

Um Carnaval vitorioso para João Ramos

João Ramos foi o grande vencedor da primeira prova do campeonato Português de Todo-o-Terreno aos comandos de uma nova Toyota Hilux T1+ .

Esta primeira prova do Campeonato de Portugal de Todo o Terreno foi uma agradável substituição ao Carnaval para os
verdadeiros amantes do desporto motorizado. Em Beja, durante 3 dias, esqueceram-se os disfarces, as máscaras usuais, as brincadeiras e os desfiles, para se lembrarem os barulhos dos motores que estavam calados há muito tempo e o pó e a velocidade que muitos esperavam ver e sentir de novo.
A primeira prova do campeonato Português de Todo-o-Terreno teve início no passado
dia 24, sexta-feira, e acabou no dia 26, domingo. Sexta-feira teve início o prologo que
teve como vencedor João Ramos aos comandos de uma Toyota Hilux T1+ com o tempo de 6:13:9 minutos. Logo atras aparecia o bicampeão nacional Tiago Reis ao comando
de uma antiga Toyota Hilux T1 com o tempo de 6:15:4 minutos ficando apenas a 2 segundos do primeiro lugar. Para fechar o pódio seguiu-se Lourenço Rosa – Adventure, o estreante
do CPTT, ao volante de uma Toyota Hilux T1+ idêntica à de João Ramos com o tempo de 6:22:3. O primeiro classificado dos T3 foi Alexandre Pinto Bač aos comandos de um Bombardier Can-am da equipa Benimoto com o tempo de 6:23:3, que ao fazer este
tempo chegou ao 4º lugar da geral. Rui Sousa ao volante de uma Isuzu D-Max conquistou a vitoria na categoria T2 e alcançou a 44º posição à geral com o tempo de 7:47:8. Já na categoria T8 foi Nuno Matos aos comandos de um Opel Mokka Proto que
conseguiu esse feito com o tempo de 6:45:2 que o colocou na 12º posição à geral.
Menção honrosa ao campeão nacional de ralis Armindo Araujo que compareceu a esta prova aos comandos de um Bombardier Can-am T3. O mesmo conseguiu alcançar o tempo de 6:27:9 que o colocou na 6º colocação da geral, sendo o terceiro melhor T3.
Outro nome importante de se falar é o de Luis Portela Morais que mostrou a sua nova e única máquina, o Overdrive OT3, que após um furo fez apenas o tempo de 8:12:5 que o colocou na 46º posição à geral e na 13º posição nos T3.
No sábado dia 25 teve lugar a primeira SS1. A mesma contava com 145,50 KM ao longo das terras do Baixo Alentejo. Esta primeira especial contou com a vitoria de João Ramos
com o tempo de 1:51:46:4. De seguida seguia-se Tiago Reis que continuava na luta para tentar chegar ao lugar cimeiro. O mesmo obteve o tempo de 1:52:00:3 ficando apenas a 13,9 do primeiro Lugar. Alexandre Pinto encontrava-se logo na 3º posição,
conquistando o 1º lugar nos T3, com o tempo de 1:55:06:7 a 3:20:3 minutos do primeiro lugar. Luís Portela Morais conseguiu uma fantástica reviravolta ao passar da 46º posição
para a 8º posição da geral com o tempo de 1:57:45:8 ficando a 5:49.4 minutos da primeira posição. Lourenço Rosa que teve um início excelente de prova, caiu até à 11º
posição da geral depois de ter sido penalizado em 4 minutos. Nuno Matos não conseguiu aguentar o 12º lugar à geral e desceu até ao 20º lugar mantendo o 1º lugar da categoria T8 com o tempo de referência de 2:07:08:3. Rui Sousa, ao contrário de Nuno Matos conseguiu subir lugares na geral. Conquistou o 37º lugar e manteve o primeiro lugar na categoria T2 com o tempo de 2:20:19:5.
No último dia de prova era onde tudo realmente se decidia.
A luta estava acesa entre João Ramos e Tiago Reis, mas quem a levou a melhor foi João Ramos que conquistou a vitoria à geral e na categoria T1 com o tempo de 3:34:23:2. Tiago Reis seguido logo atras a 1:56.3 alcançando o tempo de 3:36:19:5. Alexandre Pinto teve problemas e acabou na 11º colocação da geral que fez com que o derradeiro campeão da categoria T3 fosse Armindo Araújo com o último lugar do pódio à geral com o tempo de 3:41:52:8 a 7:29:6 do primeiro classificado. Luís Portela Morais mais uma vez mostrou como se passa por cima dos maus momentos e conquistou o 4º lugar à geral e o 2ª lugar nos T3 com o
tempo de 3:43:28:6 a 9:05:4 do primeiro classificado. Na categoria T8 após Nuno Matos desistir com problemas no motor, foi Nuno Tordo que conquistou o 1º lugar da mesma
com o tempo de 4:03:07:5 depois de levar uma penalização de 5 minutos. O mesmo conquistou o 19º lugar à geral. Rui Sousa por outro lado conseguiu manter o primeiro lugar na sua categoria obtendo também o 33º lugar à geral com o tempo de 4:29:21:0
depois de levar uma penalização de 2 minutos. Já Lourenço Rosa não teve um agradável fim de prova após desistir fazendo com que a sua primeira prova do CPTT fosse um fracasso.
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Porsche TAG Heuer Esports Supercup 2023, round 2, Magny-Cours (F): Charlie Collins impresses at the PESC race in Magny-Cours

Zac Campbell scores pole position and wins the sprint race Charlie Collins clinches victory at the feature race by over six seconds Defending champion Diogo C. Pinto is the new series leader Former Porsche Junior Laurin Heinrich wins the All-Stars sprint
Round two of the Porsche TAG Heuer Esports Supercup was again dominated by the VRS Coanda team: Zac Campbell won the sprint race, with his teammate Charlie Collins clinching victory at the feature race. Laurin Heinrich, the 2022 Porsche Junior, underlined his sim racing talent in the All-Star competition.

Stuttgart. Scoring second place in the feature race at the Circuit de Nevers in France, defending champion Diogo C. Pinto has moved into the lead of the Porsche TAG Heuer Esports Supercup (PESC). Driving for Team Redline, the Portuguese sim racer crossed the finish line about 6.6 seconds behind Charlie Collins after 20 laps. Earlier in the day, Collins’ VRS-Coanda teammate Zac Campbell won the sprint race over half the distance. A collision in the feature event, however, signalled an early end to the American’s race. The esports one-make cup with the digital Porsche 911 GT3 Cup is contested on the iRacing simulation platform. At ten rounds this season, 30 competitors fight for prize money totalling 200,000 USD.

In Magny-Cours, Zac Campbell took up where he left off at the season opener in Hockenheim: on the 4.411-kilometre Formula 1 circuit, the American qualified for P1 with a mere 0.005-second advantage. This earned him crucial points for TAG Heuer Pole Award and the first grid spot for the sprint. Lining up behind him: Britain’s Sebastian Job from the Oracle Red Bull Racing Esports squad, title defender Diogo C. Pinto (Team Redline) and Cooper Webster. Driving for Oracle Red Bull Racing Esports, the Australian won the 2022 rookie classification.

Campbell also dominated the sprint race. After ten laps, he beat Webster, Pinto and Job to the flag. Trailing the leading pack were the two Altus Esports sim racers Oscar Mangan from Italy and Jordan Caruso (Australia), as well as Finland’s Tuomas Tähtelä and Charlie Collins. The Welshman was trailed over the finish line by his younger brother Bryn. Finishing eighth, however, proved hugely advantageous for him: It meant that he could tackle the feature race from pole position, while sprint race winner Campbell was relegated to P8 on the grid.

When the lights turned green, Charlie Collins immediately catapulted into the lead and attempted to pull clear of the field. Campbell had less luck: a collision in the Adelaide hairpin threw him out of the race. Tähtelä initially settled into second place followed by Job, Pinto and Caruso. Job then launched an attack that saw the Finn drop back to fifth place. Towards the end of the race, a gripping three-way battle for second place unfolded. On the final lap, Pinto made the decisive move and outbraked Job – a tactic that earned him the championship lead. Caruso also got past. Almost at the same time, Webster squeezed past Tähtelä and moved into fifth place. Charlie Collins took the flag as the undisputed winner with an advantage of 6.605 seconds.

Casey Kirwan shines among content creators in the All-Star races
Guest driver Laurin Heinrich again underlined his sim racing talent at round two of the Porsche TAG Heuer Esport Supercup: the Porsche contract driver dominated the qualifying on the Circuit de Nevers in Magny-Cours and went on to win the eleven-lap All-Star sprint race at the wheel of his 911 GT3 Cup. The German crossed the finish line with a comfortable lead of more than three seconds over esports professional Casey Kirwan, Emily “Emree” from Australia, and American Tyson “Quirkitized” Meier.

The grid for the 17-lap All-Stars feature race lined up in the reverse order of the sprint race results. Two other specialists from the world of real racing shared the front grid row: Brazilian Tony Kanaan – 2004 IndyCar champion and 2013 Indy500 winner – started from pole position, with Porsche works driver Laurens Vanthoor lining up next to him. The Belgian fluffed his start and fell far down the field. Heinrich also lost ground when a rival shunted his car into a spin. This handed the lead to Kanaan, while Casey Kirwan launched his charge through the pack. After the second lap, the American had already progressed up the order to sixth. Shortly after, he was running in second place. At the halfway mark, Kirwan swept past Kanaan to snatch the lead and cross the finish line first with a 12-second advantage. Second place went to Oliver “Basic Ollie” Furnell from the UK ahead of Jaroslav “Jardier” Honzik from the Czech Republic and the Spaniard Xabier “Heikki360ES” Sánchez. After an excursion off the track, Kanaan fought his way back to finish in seventh.

The voters have decided: PESC round 3 will be contested in Long Beach
Fans of the Porsche TAG Heuer Esports Supercup have cast their votes on iRacing’s social media channels: In two weeks, the Porsche TAG Heuer Esports Supercup entourage heads to ‘virtual’ California. On 4 March, the digital Long Beach Grand Prix Circuit hosts round three of the sim racing one-make cup contested with the Porsche 911 GT3 Cup. The 3.167-kilometre street circuit around the Long Beach Convention Center runs in a clockwise direction and served as a racetrack since 1975. Its unique features include a tight right-hander at the end of the lap and a sweeping start-finish straight along the Pacific coast. Between 1976 and 1983, Formula 1 raced here on a temporary track. Since then, the circuit has hosted the ChampCar and IndyCar Series as well as IMSA races. The Long Beach E-Prix of the FIA Formula E Championship has been held on a shorter 2.131-kilometre version since 2015. The PESC celebrates its debut on this track. The sprint race runs over 13 laps with the feature race contested over twice the distance.

Comments after the race
Charlie Collins (UK/VRS Coanda):
“My qualifying was horrible, there’s no way around it. Still, I finished the sprint race in eighth place which meant I started the feature race from pole position. On lap one, things turned chaotic behind me after the start. Luckily, I wasn’t affected and managed to control the race. Now we’re off to the spectacular Long Beach circuit. That’ll be exciting!”

Diogo C. Pinto (P/Team Redline): “I was hit with technical issues before the start of today’s race. I didn’t know if I could even start. Luckily, things worked out. I was very pleased with my qualifying and my sprint race result. I was really lucky in the feature race: at the start, I saw a gap, grabbed it, and gained a lot of positions. My tyres were still in great condition at the end. I had to battle hard for second place – it was definitely a tough but fair move, which earned me second place.”

Jordan Caruso (AUS/Altus Esports): “We worked hard as a team and reaped the rewards. I finished third with my teammate Oscar Mangan in the top eight. He put in a huge effort in practice and made great progress. I benefited from this as well. We deserve these results, even if it still sometimes seems a bit weird: one minute everything’s going well, and the next minute I suddenly lose a few tenths of a second. I can’t really explain it properly right now.”

Results
Magny-Cours, sprint race

1. Zac Campbell (USA/VRS Coanda)
2. Cooper Webster (AUS/Oracle Redbull Racing Esports)
3. Diogo C. Pinto (P/Team Redline)
4. Sebastian Job (UK/Oracle Redbull Racing Esports)
5. Oscar Mangan (I/Altus Esports)

Magny-Cours, feature race
1. Charlie Collins (UK/VRS Coanda)
2. Diogo C. Pinto (P/Team Redline)
3. Jordan Caruso (AUS/Altus Esports)
4. Sebastian Job (UK/Oracle Redbull Racing Esports)
5. Cooper Webster (AUS/Oracle Redbull Racing Esports)

Overall standings after the second of 10 rounds
1. Diogo C. Pinto (P/Team Redline), 138 points
2. Charlie Collins (UK/VRS Coanda), 136 points
3. Jordan Caruso (AUS/Altus Esports), 122 points
4. Zac Campbell (USA/VRS Coanda), 100 points
5. Sebastian Job (UK/Oracle Redbull Racing Esports), 87 points

Four drivers still in contention for the Clio Ice Trophy title

14A David BOUET (FR), WRM BY CHANOINE M. / SRD RACING, action 14B Lucas DARMEZIN (FR), WRM BY CHANOINE M. / SRD RACING, action 21A Daniel DE VILLAR (FR), DRIVELAND / PUZZLE MOTORSPORT, action 21B Markel DE ZABALETA (ES), DRIVELAND / PUZZLE MOTORSPORT, action 20A Alex ESPANOL (ES), DRIVELAND / PUZZLE MOTORSPORT, action 20B Guillermo MILLAN (ES), DRIVELAND / PUZZLE MOTORSPORT, action 77A Emma CHALVIN (FR), WRM BY CHANOINE M. / SRD RACING, action 77B Tom LE JOSSEC (FR), WRM BY CHANOINE M. / SRD RACING, action 09A Marin LE JOSSEC (FR), RX EVOLUTION FR, action 09B Bryan DUFAS (FR), RX EVOLUTION, action during the 2023 Clio Ice Trophy 2023 – GSeries G3 on the Circuit Andorra – Pas de la Casa, on February 04, 2023 in Encamp, Andorra – Picture Damien Doumergue / DPPI

The third Clio Ice Trophy meeting featured some spectacular battles on Pas de la Casa’s Circuit Andorra. While Dylan Dufas (RX Evolution) was fastest in qualifying, Lucas Darmezin and David Bouet answered in the finals to secure another double win the #14 WRM by Chanoine Motorsport / SRD Racing Clio Rally5. They will battle for the title, as well as Dylan Dufas and Alex Español (Driveland / Puzzle Motorsport) next Saturday!